segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Big Brother, segurança e corrupção.
Recebi a visita de um amigo meu do interior. Líder comunitário, ex-militante do movimento estudantil, atualmente enfrentando corruptos da área de saúde pública; o rapaz é um típico batalhador das causas sociais. Reclamou que em Cascavel a prefeitura está introduzindo micro-câmeras de segurança distribuídas de tal modo que a vigilância recai toda sobre quem vem da favela para o centro. É um preconceito de classe já que trata como criminoso o indivíduo da periferia, da vila. Eu, porém, que já fui assaltado 5 vezes defendo o uso dessas câmeras de segurança. Inclusive dentro das salas de aula onde professores são agredidos e não conseguem juntar provas para pedir justiça.
Aliás, disse ao amigo que sou iluminista e quero todas as áreas ou o maior número possível delas, das que pertencem à esfera pública, publicizadas, isto é, iluminadas pelo foco das digitais (em tempo real de preferência). Defendo a partir de agora a instalação de câmeras não apenas nos chamados focos de violência, como ruas, escolas e etc mas, para começar, nos gabinetes de prefeitos, vereadores, governadores, presidente da república, o que for.
Assim, quero saber o que os senadores e deputados fazem nos seus gabinetes, preservada evidentemente sua toallete. Afinal não é justo que além de roubarem nosso dinheiro no atacado, ao contrário do batedor de carteiras da Rua XV (pobre varejista), ainda utilizem os prédios públicos para fecharem conchavos, ou as linhas telefônicas pagas com os nossos impostos para tratarem assuntos de interesse nacional como se fossem particulares.
Big Brother total

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